29 de janeiro de 2008

imolações modernas - texto provisório

Só espero que os clamores dos mais barulhentos - sempre os primeiros a aparecer, mas nem por isso os mais razoáveis - não se atravessem no que continua a ser necessário fazer...
Só espero que o calor dos que foram perdendo privilégios não dilate o espaço da exigência e do rigor que essas medidas continuam a precisar...
Só espero que o ardor de líricos bem falantes e mal dizentes não faça arder as medidas precisas para que continue a existir apoio a quem precisa...
Desejo que as novas ligações (!) não desfaçam as correias que ajudaram a desbravar campos onde mais ninguém quis entrar...
O que o ex-Ministro Correia de Campos fez, ou tentou fazer, não é fácil. Só quem se lembra do Portugal profundo pode perceber a dificuldade de por em prática medidas que vão contra lugares comuns e "tradições", interesses instalados e interesses com vontade de se instalarem.
Houve modos das manifestações de rua que me remeteram para uma idade média serôdia: encabeçadas por autarcas voluntaristas e nada cosmopolitas, amparadas por uma comunicação social que vive da alienação, da demagogia e do sensacionalismo (nada sofisticado), acolitadas por vozes que estão sempre acima de qualquer medida terrena e, portanto, podem sempre falar do céu na terra e, decerto, bem patrocinadas por quem vai perdendo privilégios simbólicos ou materiais.
Nem sempre as vozes de .... não chegam ao céu. Ou, então, quem as ouve (já) está no limbo (desactualizado) que precede a descida ao inferno da impossibilidade de levar políticas de fundo até ao fim! Irão vender a alma ao diabo da aproximação das próximas legislativas, de uma co-habitação "conveniente" a qualquer custo com o PR?
O ex-Ministro Correia de Campos deu a cara à fogueira esquecendo-se, de um certo modo, do seu inegável gosto em ser Ministro.
ZMM

2 de janeiro de 2008

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Um ano bom para todos e votos de que estejamos sempre em cima do acontecimento.

ZMM

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